Matriz Virtual - Seu Blog sobre Emuladores: abril 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Atari 2600 - Emulador Stella 2.5.1

Saiu uma nova versão do emulador de Atari 2600 Stella. Na seqüencia você tema lista de ajustes e melhorias dessa nova release:
- Fixed M6532 RIOT timer emulation. More testing is needed, but the changes so far have fixed several ROMs that didn't work before.
- Fixed issue with weird characters in the debugger disassembly when loading .lst files.
- Fixed bug where entering the debugger for 4A50 and E0 carts caused the ROM to be frozen afterwords.
- Removed logic whereby starting a ROM from something other than the built-in launcher wouldn't allow the user to go back to the ROM launcher.
- Fixed bug (hopefully) with the app icon not showing on the Stella window. Further testing is needed, since I can't duplicate the error myself.
- Fixed default snapshot folder issues; the folder will now be automatically created in the same place as state folders, ini files, etc (whereever that may be for your platform).
- Re-added 'lastrom' functionality, where Stella will remember and auto-select the last ROM that was successfully launched in the ROM launcher.
- For Stella developers, fixed SpeakJet emulation so it compiles again. No improvements have been made to the emulation itself, though.

Para baixar o emulador clique AQUI.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

NES/Famicom - Os Vídeo-Games Renascem das Cinzas

1. Nintendo: De cartas a vídeo-games
Interessante como muita gente não sabe disso, mas a Nintendo nasceu a mais de 100 anos (foi fundada em 1889 por Yamauchi Fusajiro) fabricando um tipo jogo de cartas chamado

hanafuda, muito popular no Japão. Só na década de 1970 é que a Nintendo começou a se infiltrar no mercado de jogos eletrônicos. Uma de suas primeiras incursões nesse mercado foi um acordo com a empresa Magnavox para produzir uma versão do Odyssey. Essa versão do Odyssey não vendeu tanto quanto a Nintendo esperava, mas eles continuaram investindo em jogos eletrônicos durante a década de 1970. A Nintendo atuou de maneira coadjuvante no mercado americano de vídeo-games até o crash de 1984.

2. E os Americanos entregam o poder aos Japoneses(pelo menos na área de vídeo-games)
Na realidade, o crash de 1984 acabou colocando nas mãos dos japoneses o domínio sobre os

destino dos vídeo-games. Masayuki Uemura e Hiroshi Yamauchi, dois gênios da Nintendo , haviam criado um vídeo-game, baseado em uma CPU customizada da Motorola, com uma arquitetura de 8 bits, que era boa e barata. Esse vídeo-game chamava-se Famicom(Family Computer) e foi lançado no Japão em 1983. Esse vídeo-game não foi bem um sucesso no seu lançamento, então a nintendo teve outra sacada: Claro que só o console não adiantaria nada sem bons jogos. É nesse ponto que o pensamento da Nintendo diferiu bastante dos seus concorrentes americanos. A Atari e os outros fabricantes americanos achavam que era só botar o jogo para vender e esperar o dinheiro entrar. A Nintendo percebeu, que era preciso mais que isso, os jogos precisavam cativar as pessoas. E o primeiro a ter essa sacada foi Shigeru Miyamoto, criador do Super Mario

Bros, o jogo que, se não mudou sozinho, ajudou muito a mudar a histórias dos vídeo-games. Super Mario inovou nos gráficos, sonorização e jogabilidade, além, é claro, de contar com uma história e personagens que cativaram uma geração.
Então, como eu dizia, a Nintendo, a muito tempo, queria entrar no mercado americano de vídeo-games. Chegou a tentar acordos de distribuição do Famicom com a Atari, que não deram em nada, o que levou-a a lançar o Famicom nos Estados Unidos por conta própria. Para isso, mudou o visual do Famicom(que parecia mais um brinquedo do que uma aparelho sofisticado) e o nome para NES(Nintendo Entertainment System). E quando, em 1985, finalmente lançou o NES em solo americano encontrou o caminho livre, já que a maioria da concorrência que não estava falida, estava agonizando. Claro que não foi tão fácil assim. Devido ao crash de 1984, nenhum lojista americano queria vender vídeo-games, com medo de acabar com um estoque enorme e um prejuízo idem. Isso fez com que a Nintendo se compromete-se com a retirada de estoques dos consoles que não fossem vendidos, prazos de pagamento de 90 dias e criasse um selo de qualidade dos jogos que fosse distribuir. Com um marketing agressivo, o jogo Super Mario Bros e uma receita de preço acessível e outros jogos divertidos, a Nintendo mudou o rumo da história dos vídeo-games.

Com o passar do tempo a Nintendo fechou acordo de exclusividade com a maioria das softwarehouses da época(Konamy e Capcom, só para se ter uma idéia) e a qualidade dos jogos aumentou ainda mais. Esse acordo minou a pouca concorrência existente na época do lançamento do NES e a concorrência futura(falaremos do Sega Master System em outra oportunidade). A partir de então, o NES se espalhou pelo mundo e os fabricantes americanos ficaram para traz até sumirem de vez.

3. O NES no Brasil ?
Há o Brasil, país da reserva de mercado para produtos de informática. Não que hoje seja grande coisa, mas é muitíssimo melhor que na época do lançamento do NES, pode ter certeza. Dessa forma o NES só chegou ao Brasil no finalzinho da década de 80. Em 1989 era lançado oficialmente um dos primeiros clones do NES. Clone porque não era autorizado pela Nintendo. Oficialmente o NES só chegou ao Brasil em 1993, pelas mãos da Playtronic, em uma união da Gradiente e da Estrela. Só que chegou muito tarde, nessa época os clones do NES e a TecToy, com o Master System e o Mega Drive, já dominavam o mercado.
E para o resto do mundo? Bom, para o resto do mundo o NES já era passado em 1993. Os consoles de 16bits já dominavam a atenção dos gamers.
Veja algumas fotos de clones do NES:

4. Mas o NES não Morreu
Apesar de, no Brasil, ainda ser possível encontrar clones do NES, a maneira mas fácil de você matar as saudades é um emulador. Como o NES foi uma das plataformas mais vendidas no mundo, também, é uma das mais emuladas. Existe uma infinidade de emuladores de NES, que rodam praticamente todos os jogos existentes. Segue uma lista:

FakeNES: Boa emulação e dificuldade de uso nível médio. É um pouco chato com a emulação de vídeo, mas quando você acerta fica muito bom.
FCEUltra: Emula em boa velocidade, mas, em alguns jogos, a emulação fica mais rápida que o normal, e não consegui regular isso de jeito nenhum. Não permite, também, ajustes nas imagens de maneira a deixá-las limpas e sem o serrilhado(que fica mais destacado nos monitores atuais, devido à alta resolução), como no FakeNES.
NEStopia: Emula bem o jogo, mas se você usar alguns filtros de vídeo para ter uma melhora na imagem a emulação torna-se pesada e impossível de jogar. E olha que meu hardware não é dos piores.
NNNesterJ: A emulação é rápida, mesmo quando são usados filtros para melhoria da imagem. Em alguns jogos a música é emulada em uma velocidade acima do normal. .
RockNES: Chato de configurar, e não permite muitas melhorias na imagem dos jogos. A emulação não é muito boa e apresentou alguns bugs bem irritantes.
RockNES X: Tem uma interface mais amigável que a do seu irmão RockNES, mas não dispõe de muitas configurações. Permite gravar vídeo dos jogos de maneira fácil. A emulação ainda precisa melhorar.
Sega Li: Apesar do nome, é um emulador de NES. Não permite muitas configurações, reconhece o joypad, mas não deixa reconfigurá-lo. Mesmo assim emula com perfeição.
UberNES: Tem diversas funções, permite visualizar o boxart dos cartuchos, mas emula mal e lentamente(precisa de máquina potente). Não permite melhoria de imagem do jogo.
VirtuaNES: O melhor de todos. Emula bem em qualquer resolução e mesmo com aplicação de filtros para melhoria de imagem. A interface é fácil de usar.